Empreender na área da saúde abrindo sua própria clínica médica pode ser uma boa opção para os profissionais que desejam conquistar independência financeira e se destacar em suas áreas de atuação.

Porém, uma dificuldade comum é, inicialmente, entender quais são os primeiros passos para abrir esse negócio com segurança, evitando problemas que possam prejudicar a abertura e o crescimento do negócio.

Continue lendo e veja o passo a passo para abrir uma clínica médica com segurança e tire suas dúvidas sobre o assunto.

Comece por uma pesquisa de mercado voltada para área médica

O primeiro passo fundamental para abrir uma clínica médica com segurança é entender se o mercado é favorável para a sua proposta. Se, por exemplo, você deseja abrir uma clínica de dermatologia com procedimentos estéticos inclusos, é importante verificar se não é uma área saturada na região e se há demanda suficiente para um bom retorno.

A pesquisa também é importante para encontrar brechas de atuação que podem estar presentes na sua região, mas que você só vai observar por meio de uma pesquisa objetiva, analisando seus concorrentes e as demandas do seu público-alvo.

Por exemplo, se não há muitos profissionais que realizam procedimentos de depilação a laser, caso seja dermatologista, é uma possibilidade que você pode abordar e conseguir resultados significativos com isso.

Há também outros pontos que entram sobre pesquisa de mercado, tais como:

• avaliações dos planos de saúde que podem ser incluídos em sua clínica;
• perfil de público-alvo que deseja atender;
• valor médio das consultas na região, entre outros.
  

Defina a melhor localização para sua clínica

Há uma série de questões que devem ser levadas em consideração para definir a localização da sua clínica de forma estratégica e conseguir bons resultados com isso. Uma decisão errada pode fazer com que os seus pacientes decidam não ir até o seu local, achando que é longe demais, fora de mão ou que há outros locais com a mesma qualidade e mais próximos.

Os principais critérios a serem utilizados são:

• densidade populacional;
• perfil dos consumidores locais;
• concorrência direta e indireta;
• fatores de acesso e locomoção, principalmente por meio de transporte público, do paciente ao seu local;
• visibilidade da sua clínica;
• proximidade com os clientes;
• segurança, evitando problemas para sua clínica;
• se possui estacionamento no local ou nas proximidades;
• facilidade de limpeza do local.

Por exemplo, se o seu foco é atender público de baixa-média renda, se localizar em bairros afastados e com pouco acesso para essas pessoas poderá fazer com que elas decidam não comparecer à clínica, evitando a aproximação dos pacientes.

A localização também influencia no valor pago pelo aluguel e impostos, como o IPTU, então também é importante avaliar este critério na hora de realizar sua escolha.

Confira as questões legais e específicas

Abrir um negócio, mesmo que seja na área de saúde, implica em verificar algumas informações pertinentes à abertura de empresa. Para isso, é essencial a contratação de profissionais especializados, como contadores e advogados.

Para legalizar sua clínica médica, em primeiro lugar, é necessário realizar inscrições e registros nos órgãos responsáveis, tais como:

• registro na Junta Comercial;
• registro para abertura do CNPJ na Secretaria da Receita Federal;
• inscrição na Secretaria Estadual da Fazenda;
• obtenção do alvará de funcionamento na Prefeitura do Município e agendar a visita da Vigilância Sanitária;
• registro no Corpo de Bombeiros Militar.

Além disso, é necessário verificar junto à prefeitura se o local escolhido é apto para a realização de uma atividade da área de saúde, já que alguns municípios definem limites para isso.

Outro ponto a ser observado diz respeito às legislações específicas do estabelecimento de saúde, que determinam as diretrizes necessárias para a sua clínica médica, tais como:

• Lei 8.080/1990 – Lei Orgânica de Saúde
• Lei 9.836/1999 – Lei que acrescenta dispositivos à anterior;
• Lei 11.108/2005 –  Realiza alterações na Lei 8.080/1990;
• Lei 10.424/2002 – Acrescenta capítulo e artigo à Lei 8.080/1990;
• Lei 8.142/1990 – Define a participação da comunidade na gestão do SUS;
• Portaria 2.203/1996 – Aprova a Norma Operacional Básica, que redefine o modelo do SUS;
• Portaria 373/2002 – Formaliza a Norma Operacional de Assistência à Saúde (NOAS);
• Resolução 399/2006 – Divulga o Pacto Pela Saúde.

Além de todas essas normas gerais, é preciso ver aquelas que são específicas para as clínicas médicas no Saúde Legis, Portal da Saúde, do Ministério da Saúde.

Faça uma checklist com os itens necessários de infraestrutura

Sua clínica só poderá funcionar a partir do momento em que todos os itens de infraestrutura necessários para a realização dos trabalhos estejam devidamente instalados no espaço e que não falte nenhum item essencial.

Para evitar problemas e esquecimentos, é importante preparar uma checklist, incluindo equipamentos e ferramentas específicas da sua área de especialização e outros itens relacionados com as seguintes áreas:

• local de recepção dos clientes (cadeiras, ar condicionado ou ventiladores, televisão ou rádio, entre outros elementos que proporcionem conforto na sala de espera);
• sanitários;
• armazenamento de medicamentos (incluindo aqueles que devem ser essencialmente refrigerados);
• copa;
• depósito de material de limpeza;
• local de esterilização;
• local de descarte de insumos hospitalares.

Toda a estrutura citada anteriormente deve seguir as especificações da Vigilância Sanitária, nas esferas federais, estaduais e municipais, a fim de estar em conformidade com as normas estabelecidas.

Faça uma seleção de pessoas eficiente

Toda clínica trabalha com mais de uma pessoa, sejam outros médicos da mesma especialidade que você ou de áreas diferentes, seja equipe de apoio (recepcionista, diaristas, consultores de contabilidade, entre outros). Essas pessoas são essenciais para auxiliar no funcionamento da clínica.

Sejam contratados em forma de sociedade, terceirizados ou via contratação mesmo, é essencial que você saiba escolher adequadamente com quem irá trabalhar. Lembre-se que cada pessoa envolvida é responsável pelo sucesso do seu negócio ou, também, pelos possíveis prejuízos que possam surgir. Por isso, é essencial que você tenha consciência de que essa escolha é importante e deve ser feita com cuidado.

Tenha atenção às questões financeiras e tributárias

Toda clínica médica é também uma empresa. E deve ser encarada como tal. Isso exige que você, responsável, fique atento a questões essenciais, principalmente no que concerne à área financeira e tributária.

Isso porque há especificidades legais no que concerne à estrutura contábil de instituições de saúde, merecendo uma atenção especial por parte dos profissionais responsáveis por esse controle.

Além de contratar os melhores consultores, você pode também utilizar as tecnologias disponíveis, como os softwares específicos de gestão contábil e tributária para a área médica. Eles auxiliam a manter o controle sobre as despesas e o pagamento de taxas e impostos, bem como evitam questões que implicam em gastos extras, como a bitributação e pagamento de multa por erros na declaração de impostos.

Por isso, a aquisição de um sistema específico para tributação de clínicas médicas é fundamental e auxilia no crescimento sustentável do negócio. Para isso, conte com o Saúde Pay, o sistema tributário da ContSelf.

Com ele você consegue automatizar os pagamentos para os colaboradores e autônomos da clínica com maior facilidade, evitando não só a bitributação, mas complicações na geração de recibos e notas fiscais, descomplicando a gestão financeira do seu negócio.

Achou interessante? Solicite um contato, tire suas dúvidas sobre o tema e já comece a abertura da sua clínica médica com uma gestão financeira impecável!