O que é a CID 10?

Algumas questões específicas da área de saúde são importantes a serem consideradas na hora de realizar um planejamento para melhorias de sua clínica ou hospital, seja visando melhora da imagem na região, seja para captação de novos pacientes.

Até mesmo questões bem mais técnicas – como a CID – causam impacto nessa questão, de forma que é essencial ficar atento ao que é isso e como ele pode ser importante para gerar um atendimento humanizado em sua clínica. Continue lendo este artigo e saiba mais sobre o tema.

 

O que é CID 10

 

A CID cumpre um papel tão fundamental na área médica que é o equivalente à bola para o futebol (sem ela não é possível realizar o jogo). Sem a CID, é inviável realizar um bom trabalho, já que ela é um importante auxílio no diagnóstico de doenças.

CID é a sigla para Classificação Estatística Internacional de Doenças. É uma padronização internacional para identificação de doenças das mais diversas espécies, sejam elas físicas ou mentais. E não se limita a doenças, mas também a diversos problemas de saúde.

A CID foi criada em 1990, pela Quadragésima Terceira Assembléia de Saúde Mental, sendo adotada pelos membros da OMS (incluindo o Brasil) em 1994. Atualmente está em sua 10ª edição (e, por isso, CID 10), com a 11ª revisão em elaboração no momento.

 

Qual seu objetivo

 

O objetivo principal de criação da CID foi a padronização na classificação de doenças. É possível, em primeiro lugar, uma melhor comunicação entre os diversos profissionais, das mais diferentes especialidades, por meio da informação do código internacional.

Por exemplo, um psiquiatra precisa encaminhar um paciente para um psicólogo, com indicação clínica de Transtorno de Pânico. O encaminhamento será enviado com a indicação de terapia devido ao diagnóstico, com a CID 10 – F41.0.

O psicólogo, ao ler o documento, saberá identificar qual é o diagnóstico realizado pelo colega da área de saúde e decidirá qual a melhor abordagem para o tratamento conjunto da situação. Rápida identificação, comunicação eficiente e precisa.

Outro ponto importante da criação da CID é a padronização internacional. Médicos de todo o mundo conseguem se comunicar e trocar informações sobre as mesmas doenças, tendo como parâmetro o código internacional.

Isso é importante, pois, devido a peculiaridades linguísticas, é comum que problemas de tradução possam gerar confusões sobre qual doença se está realmente abordando no artigo, apresentação em congresso, painéis, conferências ou até mesmo na transferência de informações entre especialistas sobre um determinado paciente. Utilizando o código, não há erros e evita-se confusões comuns sobre o tema.

Outro objetivo é a coleta de informações sobre determinadas doenças, patologias e problemas de saúde. Como se sabe, há muitas pesquisas sobre determinados problemas que são feitos em parcerias internacionais e, por isso, é necessário o envio de dados estatísticos por parte dos governos para a OMS, a fim de identificar a dimensão da situação.

Um importante exemplo são as pesquisas sobre a AIDS. Os países enviam os dados estatísticos da evolução da doença e, assim, pode-se avaliar se há avanços na contenção da epidemia, retrocessos, quais são os grupos mais afetados, comportamentos de risco que estão em maior evidência, entre outros.

Assim, os sistemas de saúde enviam as informações dos pacientes identificados por meio da CID 10 – B24, facilitando a identificação do problema e o envio padronizado da informação.

Isso permite que as pesquisas sejam aceleradas, podendo gerar indicações de condutas para os governos mais agilmente, evitando a expansão da contaminação por novos comportamentos de risco por parte dos pacientes.

A praticidade também auxilia em outros pontos, tais como:

  • dados estatísticos nacionais;
  • comunicação mais eficiente com órgãos como a Previdência Social e o SUS;
  • facilidade de repasse de informações para os órgãos de pesquisa nacionais (como a Fiocruz).

CID e atendimento humanizado

 

O atendimento humanizado é mais do que uma prioridade – é um pré-requisito na área de saúde. Todo ser humano merece, seja por questões morais ou por força de lei, ser tratado adequadamente no atendimento médico.

Esse é um momento no qual a pessoa está extremamente vulnerável, frágil, tanto fisicamente (devido ao problema de saúde) quanto emocionalmente (medos, tensões, estresses, entre outros) e, por isso, busca não só um tratamento para seu problema, mas também um acolhimento e segurança.

Além de ser uma questão moral, o atendimento humanizado é um diferencial, representando uma possibilidade de fidelização do paciente, servindo como uma espécie de estratégia de marketing atual.

O atendimento humanizado diz respeito a aproximação entre atendimento médico e paciente, tratando-o como um indivíduo, de forma empática, eliminando a abordagem robótica.

Esse tipo de estreitamento da relação entre profissional e pessoa gera confiança, de forma que o paciente confia no diagnóstico, realizando o tratamento de forma mais precisa, gerando a reabilitação e a cura da pessoa (ou os cuidados necessários para manutenção da sua saúde), promovendo qualidade de vida para ela.

 

Importância da CID no atendimento humanizado?

 

Mas, então, qual o papel da CID no atendimento humanizado? Em primeiro lugar, quando um profissional observa, no prontuário do paciente, as CIDs referentes a atendimentos anteriores, pode avaliar o histórico da pessoa, problemas anteriores e identificar o que pode estar colaborando para a situação atual.

Por exemplo, se o médico percebe que há uma reincidência da CID 10 – N39.0 (Infecção do trato urinário de localização não especificada), ele pode conversar com o paciente sobre práticas que podem amenizar a situação ou evitar a reincidência (como hidratação correta, higienização genital adequada, entre outros).

Isso é ver o paciente além do diagnóstico atual. É ver que ele tem um histórico que precede aquele atendimento e que pode estar influenciando na situação atual, contribuindo para o surgimento de algum problema.

Além disso, situações anteriores são determinantes para a escolha de determinados tratamentos. Por exemplo, uma paciente que tenha apresentado trombose não poderá ter indicação para uso de pílula anticoncepcional com hormônios combinados, ou aumentará as chances de reincidência do problema.

 

Ofereça um Atendimento de Excelência

 

Assim, um profissional que deseja prestar um atendimento humanizado deverá ficar atento ao prontuário do paciente, às CIDs apresentadas, bem como deixar as indicações adequadas para os próximos médicos poderem acompanhar a situação da pessoa.

Com um atendimento de excelência, há uma maior chance de fidelização do paciente, que poderá retornar futuramente, percebendo que para sua clínica ou hospital, ela é uma pessoa e não simplesmente um número.

A ContSelf oferece uma busca pelas classificações de doenças da CID 10, pesquise  

Continue acompanhando nosso blog e veja dicas essenciais que também auxiliarão a aumentar a fidelização da sua clínica ou hospital e se destacar na área de saúde na sua região.