Assim como nas empresas, a área hospitalar também deve ficar atenta a questões pertinentes ao seu faturamento, a fim de evitar que problemas contábeis possam interferir no lucro do negócio. É imprescindível, assim, zelar por essas questões, evitando prejuízos e perdas devido a falhas e erros.

Porém, muitos gestores têm dificuldades em lidar com algumas peculiaridades dessa área, como o faturamento hospitalar. Continue lendo, saiba o que é faturamento hospitalar, sua importância para a área contábil e confira 6 dicas para entendê-lo melhor.

O que é faturamento hospitalar

O faturamento hospitalar é o serviço responsável por realizar a cobrança de procedimentos médicos realizados no hospital, contabilizando os valores de consultas, procedimentos e materiais gastos para serem registrados na área contábil.

Com isso, pode-se conferir o rendimento mensal, os gastos com insumos e materiais, quais são os procedimentos mais realizados, se o custo-benefício de determinados processos continua sendo compensatório, além de permitir um maior controle financeiro da empresa. Além disso, é imprescindível para a liberação de procedimentos junto aos convênios de saúde.

A importância do faturamento hospitalar

O faturamento hospitalar é essencial para manter uma boa gestão financeira, avaliando os custos e ganhos do negócio. Por meio dele pode-se analisar, por exemplo, os insumos gastos com cada procedimento, avaliando se há desperdícios e se há formas de economizar e diminuir gastos.

Também é possível avaliar, assim, os ganhos com os atendimentos, verificando se há necessidade de potencializar a divulgação, a fim de trazer mais pacientes para o seu estabelecimento de saúde.

Deve-se lembrar que a complexidade hospitalar, muitas vezes, dificulta o faturamento nessa área sobre o serviço prestado. Muitas vezes há problemas como conflitos com os planos de saúde, valores desatualizados de insumos, itens que não são faturados no sistema, entre outros.

Caso a contabilidade hospitalar não esteja toda correta, as atividades podem ser encerradas precocemente por prejuízos e sanções fiscais, bem como por gastos excessivos e má gestão financeira.

6 dicas para entender o seu faturamento hospitalar

É preciso entender como funciona o faturamento hospitalar e saber como otimizá-lo para conseguir potencializar resultados e conquistar uma melhor gestão financeira para o seu hospital. Confira as dicas:

1. Padronize as informações

Um ponto que pode auxiliar a reduzir a complexidade do faturamento hospitalar é a padronização na obtenção de informações. Os sistemas utilizados para este fim devem ser os mesmos em todas as áreas.

Por exemplo, os médicos de urgência e emergência, consultas clínicas, internações, entre outros, devem utilizar o mesmo sistema informatizado, a fim de que as informações registradas sejam idênticas.

Isso também permite, por exemplo, a troca de insumos entre setores. Se uma ala está com falta de agulhas e outro está com excesso, pode haver a troca registrada entre eles, verificada em um sistema de gestão hospitalar.

Por isso a padronização das informações é essencial: ela permite um maior controle de estoque de insumos e a possibilidade de intercâmbio de dados e itens entre setores.

A padronização de cobrança também é essencial para evitar erros de cobrança, trazendo prejuízos para o empreendimento.

2. Reestruture rotinas

Modifique as rotinas do hospital para que possa realizar um melhor controle hospitalar, principalmente acerca da internação e gerenciamento de leitos. Isso permite que ocorra um melhor controle nessas áreas, principalmente acerca dos gastos envolvidos nessas áreas.

As internações normalmente são as partes mais custosas de um hospital, seja pelos insumos e medicamentos utilizados, seja pelos diversos exames e tratamentos a serem realizados. E, por isso, é necessário que o controle nesse aspecto seja impecável, a fim de evitar perdas.

Por exemplo, uma agulha que não seja contabilizada de uma internação pode parecer insignificante inicialmente. Porém, se somarmos isso ao longo do tempo, nos mais diferentes leitos, a diferença pode sim ser significativa.

3. Coloque todos os itens utilizados no lançamento de procedimentos

Principalmente ao realizar as validações de convênios, é essencial que todos os itens utilizados estejam discriminados, segundo as regras em vigência determinadas pela ANS (Agência Nacional de Saúde).

Isso é importante, em primeiro lugar, pois caso o procedimento seja realizado e o plano não autorize posteriormente, o valor terá que ser repassado para o paciente de forma particular, podendo gerar indisposição.  

4. Treine os profissionais envolvidos nessa área

Os profissionais responsáveis por realizar o lançamento de procedimentos devem estar devidamente treinados, a fim de evitar que ocorram erros no processo. Isso porque, por se tratar de procedimentos muitas vezes custosos, há todo um trâmite burocrático a ser cumprido.

Qualquer falha pode gerar a inviabilização da liberação, o que atrapalha não só a realização do procedimento, mas também o lançamento do faturamento posteriormente. E isso compromete as finanças do hospital no futuro.

Além disso, há uma série de documentações (guias, pedidos médicos, indicações de procedimentos, cópias de documentos de identidade, entre outros) que precisam ser solicitadas para o paciente, a fim de conseguir a liberação por parte do convênio. E esses pontos precisam ser devidamente informados, para evitar que a pessoa esqueça alguma das informações.

Quando, por exemplo, ela esquece de levar a guia com a indicação clínica do procedimento, o convênio pode não liberar o pedido, já que não há uma motivação específica para a realização do exame,. Isso atrasa o procedimento, atrapalha a realização do faturamento e prejudica o atendimento do paciente.

5. Faça auditorias internas

As auditorias internas são importantes para verificar o que pode estar ocorrendo de errado no processo de faturamento dos procedimentos hospitalares, encontrando brechas que podem prejudicar financeiramente o empreendimento.

Assim, estabeleça vistorias internas regulares, mesmo que seja via contratação de consultorias externas especializadas com o objetivo de verificar quais falhas estão presentes e corrigí-las.

6. Utilize softwares específicos para contabilidade na área médica

Outra ferramenta que auxilia a gestão do  faturamento hospitalar é o uso de softwares específicos de contabilidade para a área médica. Esse tipo de sistema permite a padronização do lançamento de procedimentos, minimizando as chances de erro e garantindo maior agilidade e precisão nos processos.

Porém, lembre-se de que é necessário treinar todo o pessoal para utilizar o software, de forma que a interação entre os colaboradores e o sistema seja eficiente, podendo explorar todo o potencial de automação em seu hospital.

Um faturamento hospitalar eficiente é importante para uma boa gestão financeira do seu empreendimento na área de saúde, conseguindo bons resultados, uma expansão real dos serviços prestados e, assim, se destacar na região.

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